Vez por outra as águas de março, que fecham o verão, pegam-me desprevenido, e tomo aquele banho! Coisa assim me deixa louco, mas claro que não é a mesma sensação de quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas, fazendo desaparecerem as palavras... Aí tu me abraças, a noite passa e... Me deixas louucooooo...
Loucuras à parte, outro dia falaram de Madalena lá no bar. “Uma fascinação!”, exclamou um coroa enxerido. "Upa, neguinho, deixa a Madalena fora desse papo", reclamou um admirador da moça. Daí para o papo derivar para romances foi um pulo, e alguém lembrou daquela dança de corpos coladinhos na base do dois pra lá e dois pra cá. Claro que rolava um uísque, mas não tão bom assim, tanto que se tomava com guaraná. Eca!!
Mas nem todos os romances acabam bem. A hora do adeus é barra, né? Tem gente que arranha, se arrasta e acaba reclamando baixinho num tapete atrás da porta. Depois sai por aí maldizendo o ex-amor, tentando se vingar a qualquer preço, mesmo o adorando pelo avesso. Ah, se aquela tal saudosa maloca falasse!
Vocês ouviram falar de uns caras bons que sumiram pelas estradas da vida, pelos labirintos do idealismo? Todos, imaginando serem bêbados ou equilibristas, foram heróis de si mesmos. Somente alguns poucos foram heróis de fato e, de súbito, nem sei por que, lembrei do Betinho, o tal irmão do Henfil.
Mas o fato é o tempo passou e crescemos. Deixamos o lance de sermos jovens contestadores para sermos senhores de nada, pois nossa geração amadureceu assim, igual aos mais jovens, igual aos mais velhos, universal. Não somos senhores de porra nenhuma... Nem nunca quisemos ser. Mas, em certos aspectos, os de caráter, por exemplo, devemos ser, sim, como os nossos pais, que viveram na época da honra e da dignidade acima de tudo.
Outro dia passou uma romaria bem em frente ao bar. Os romeiros pisavam em cima de folhas secas espalhadas na rua pelo vento, quando alguém gritou: "Maria, Maria!!". Olharam para um lado e para o outro, mas ninguém descobriu quem gritou. Um bêbado do bar disparou: "Deve ser coisa de outro mundo... Alô, alô, marciano!!"
Haja paixão!! Haja emoção!! Haja Elis!!
Ela se deu aos seus momentos com extrema paixão para nos deixar apaixonados. Durou pouco... Mas... Quem disse aí que o “sempre” é pouco?? Elis é pra sempre!! Elis é eterna!!
Aquele abraço, Elis!!
Pedro Altino Farias, em 19/01/2012
altino.frs@gmail.com
Loucuras à parte, outro dia falaram de Madalena lá no bar. “Uma fascinação!”, exclamou um coroa enxerido. "Upa, neguinho, deixa a Madalena fora desse papo", reclamou um admirador da moça. Daí para o papo derivar para romances foi um pulo, e alguém lembrou daquela dança de corpos coladinhos na base do dois pra lá e dois pra cá. Claro que rolava um uísque, mas não tão bom assim, tanto que se tomava com guaraná. Eca!!
Mas nem todos os romances acabam bem. A hora do adeus é barra, né? Tem gente que arranha, se arrasta e acaba reclamando baixinho num tapete atrás da porta. Depois sai por aí maldizendo o ex-amor, tentando se vingar a qualquer preço, mesmo o adorando pelo avesso. Ah, se aquela tal saudosa maloca falasse!
Vocês ouviram falar de uns caras bons que sumiram pelas estradas da vida, pelos labirintos do idealismo? Todos, imaginando serem bêbados ou equilibristas, foram heróis de si mesmos. Somente alguns poucos foram heróis de fato e, de súbito, nem sei por que, lembrei do Betinho, o tal irmão do Henfil.
Mas o fato é o tempo passou e crescemos. Deixamos o lance de sermos jovens contestadores para sermos senhores de nada, pois nossa geração amadureceu assim, igual aos mais jovens, igual aos mais velhos, universal. Não somos senhores de porra nenhuma... Nem nunca quisemos ser. Mas, em certos aspectos, os de caráter, por exemplo, devemos ser, sim, como os nossos pais, que viveram na época da honra e da dignidade acima de tudo.
Outro dia passou uma romaria bem em frente ao bar. Os romeiros pisavam em cima de folhas secas espalhadas na rua pelo vento, quando alguém gritou: "Maria, Maria!!". Olharam para um lado e para o outro, mas ninguém descobriu quem gritou. Um bêbado do bar disparou: "Deve ser coisa de outro mundo... Alô, alô, marciano!!"
Haja paixão!! Haja emoção!! Haja Elis!!
Ela se deu aos seus momentos com extrema paixão para nos deixar apaixonados. Durou pouco... Mas... Quem disse aí que o “sempre” é pouco?? Elis é pra sempre!! Elis é eterna!!
Aquele abraço, Elis!!
Pedro Altino Farias, em 19/01/2012
altino.frs@gmail.com
Pedrinho,
ResponderExcluirQuantas músicas espetaculares!
Já não se faz mais música como antigamente!
Que crônica espetacular!
Moveu céus e montanhas, que ela admire lá de cima.
Belissimo texto. Valeu.
ResponderExcluirRicardo Machado
Valeu, Altino. Muito bom mesmo! A Elis é
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