Coisa difícil é
pensamento autônomo nos dia de hoje. As pessoas até que têm ideias, boas ou
ruins, não importa. O problema é que elas não têm argumentação própria para
sustentar seus pontos de vista, e recorrem a intelectuais, ruins ou bons, para
justificarem suas posições.
Mas, ora, uma
ideia ou opinião nada mais é que isso. Não há certo nem errado. Há, sim, óticas
diferentes de avaliação. Se sua opinião coincide com a de alguém famoso, como
Chico Buarque ou Niemeyer, ótimo, mas isso não a faz uma verdade absoluta, pois
continua sendo apenas o que é: uma opinião.
As redes sociais,
e a internet em geral, estão empestadas de “grandes pensadores”, que buscam
ancoragem num ou noutro personagem de projeção para dar solidez à suas convicções.
Ou simplesmente os repetem, tal qual papagaios ensinados, revelando toda a
fragilidade intelectual predominante na atualidade.
Ao expor uma
ideia publicamente devemos estar sempre prontos para críticas (que sejam
construtivas) e opiniões contrárias, mas que sejam objetivas e próprias do
contestador, e não tiradas de algum manual pronto com frases de algum ilustre.
Resumindo, é
preciso coragem para tornar público o que se pensa. É não temer tornar-se
vidraça, é despir-se, dar a cara a bofete, como ouvi de uma amiga certa vez. E
depois continuar tudo outra vez. Essa é minha opinião.
Pedro Altino
Farias, em 09/12/2012
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