Cabeça ao travesseiro, a luz do Sol
indicava que era hora. Não sentia fome, nem sede, nem frio, nem calor. Os
ruídos da casa e da rua não incomodavam. Aliás, era como se nada existisse.
Precisava levar o carro à
oficina, o filho para cortar o cabelo, compras de casa, uma rápida visita à
mãe.
Os minutos passavam, as horas
teimavam em avançar. Cabeça ao travesseiro, alheio ao mundo, insistia em não
atender aos apelos da mulher para que saísse da cama.
Nem fome, nem sede, nem frio, nem
calor. O silêncio se sobrepunha aos ruídos e vozes. Cabeça ao travesseiro, não
havia energia sequer para mover-se de um lado para o outro. Era manhã de sábado.
Quisera ele que fosse segunda.
Pedro Altino Farias, em
25/02/2015
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