Candidatos maquiados
demoradamente, propostas de governo maquiadas na base do improviso. Francos
atiradores contrapostos a péssimos defensores. Posições invertidas logo depois.
Mídia comprometida à esquerda e à direita. Difícil mesmo ficar imparcial com
tantos interesses em jogo, afinal, o objeto da disputa é o Brasil.
Educação em tempo integral,
punição exemplar aos corruptos, transporte bilhete único, rede de saúde
exemplar, manutenção e ampliação da rede de assistência governamental. São
muitas emoções, mas pergunto: se os favoritos já estão aí há tempos, por que
esse país maravilhoso ainda não é realidade?
Em meio a planos ambiciosamente
irreais dos candidatos, desejo apenas o básico, e o direito de ir e vir,
literalmente, é um deles. Poder caminhar pela rua, qualquer rua e não apenas nas
regiões nobres das cidades, é aventura arriscada nos dias de hoje, assim como
utilizar transporte público, sacar dinheiro no caixa eletrônico, estacionar o
carro numa via pública, comprar jornal numa banca.
Diariamente vivemos situações absurdas, surreais, risíveis, patéticas. Estamos à mercê
do banditismo e da mais reles malandragem sem poder de reação. As instituições responsáveis
pela segurança estão imóveis. Quando agem em defesa do cidadão e do Estado são duramente
criticadas como se vilãs fossem. Honestamente, nada mais entendo quando se chega
ao ponto extremo de negar ao cidadão a legítima defesa e o direito à propriedade. Fato inegável, embora
sejamos livres na poesia, não temos mais o direito de ir e vir na vida real.
Pedro Altino Farias, em 01/10/2014
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