Saímos na manhã do dia 08/03 de Ipu rumo à região dos Inhamuns. Passamos
por dentro da cidade de Ipueiras e ao largo de Nova Russas e Crateús, que
conhecemos de outros carnavais.
EU, O KADETT COM O CRISTO REDENTOR AO FUNDO |
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE IPUEIRAS |
O plano era almoçar um carneiro cozido em Tauá, na Pousada do Elias, e
seguir para Assaré, onde pernoitaríamos,
mas o planos mudaram.
A paisagem agora era um verde meio morto, sem substância. Riachos secos,
açudes idem, barreiros com o solo esturricado. Vez por outra, uma carcaça de
animal na beira da estrada. Um verde sem água.
Depois de passar por novo Oriente a luz do Kadett voltou a incomodar.
Agora, quando piscava, fazia o toca CD parar por um tempo e o carro perdia,
momentaneamente, um pouco de potência. Desliguei o toca CD por precaução e
fiquei de alerta.
O calor estava de matar e, sem música, prescindimos da companhia de Zé
Ramalho, Raul Seixas, Milton Nascimento e o resto da turma.
Alguns quilômetros antes de Quiterianópolis a situação do carro piorou,
com a luz alerta da temperatura acendendo a e apagando frequentemente. Tentei
identificar qual situação fazia com que a luz acendesse: alta velocidade,
baixa, retomadas, banguelas... Não consegui estabelecer nenhum parâmetro,
então, pisei fundo!
Paramos num posto na entrada de Quiterianópolis, antecipando um
abastecimento. A essa altura chegar a Tauá era só o que queríamos. Enquanto
esperávamos o carro esfriar um pouco pedi ao frentista do posto o número de
telefone de um reboque em Tauá para o caso de uma emergência. Logo na saída do
posto, coincidência, deparamo-nos com o dito reboque. Conversei com o motorista
e seguimos mais tranquilos até Tauá. Nesse trecho, porém, a maldita luz não
acendeu uma vez sequer.
Fomos fazer um lanche. Muito ruim, por sinal. O tal dono da oficina
chegou às 16:00 e praticamente me ignorou. Então, retornei à outra, a do cara
que foi almoçar. Lá fui bem atendido, porém ele estava ocupado noutro veículo e
combinamos de examinar o carro no dia seguinte, cedo.
Aproveitamos o final da tarde para um tour pela cidade.
Pernoitamos na pousado Bougainville, do Seu Elias. Ele é um sujeito bom e
decidido nas coisas que faz. Com ele não tem core-coré. A pousada é boa e bem
localizada. À noite ele serve uma canja para todos. Quem estiver na pousada, se
quiser, come. Conversamos um pouco e lamentei estar com problemas no carro e
não poder curtir melhor a estada na cidade.
POUSADA DO SEU ELIAS |
No dia seguinte fui à oficina às 7:30, horário combinado. Olha daqui,
examina dali, e o técnico trocou o sensor de temperatura. Saímos em seguida e,
ao percorrer cerca de dez quilômetros de estrada o problema da luz se manifestou novamente.
Retornamos em busca de solução.
EQUIPE DA LESTE AUTO PEÇAS: BOM ATENDIMENTO |
Novamente fomos bem atendidos. O técnico andou conosco a bordo do Kadett
por cerca de 40 quilômetros com o scaner plugado na central eletrônica do
carro, lendo, instantaneamente, temperatura, consumo, rotações do motor, etc.
Como não houve ocorrência do problema, as leituras do scaner foram todas
normais. Retornamos a Tauá, deixamos o técnico na oficina com nossos
agradecimentos e seguimos viagem.
Mais dez quilômetros rodados e mais uma vez a maldita e misteriosa luz
acendeu. Tomamos a decisão de seguir em frente, eliminando o pernoite em Assaré
e tendo Juazeiro do Norte como destino.
Pedro Altino Farias
Oi, Pedro que luz persistente!...
ResponderExcluirConcita