quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Ceará em Quinze Dias - 3º Trecho: Viçosa a Ipu (6 e 7/3)

NÉVOA NA DESPEDIDA DE VIÇOSA

Saímos de Viçosa por volta das 8:00 da manhã com uma névoa gostosa e um longo roteiro a cumprir. A primeira cidade a visitar foi Tianguá, na qual demos um rápido giro, observando seu ativo comércio. Lá tivemos a confirmação de que não valeria a pena ir à Cachoeira do Boi Morto. Devido a estiagem, estava tudo seco por lá.

MOVIMENTO COMERCIAL NO CENTRO DE TIANGUÁ

Seguimos caminho para Ubajara, onde visitaríamos a famosa gruta. Tudo ia bem quando logo depois de sair de Tianguá a luz alerta da temperatura do Kadett piscou duas ou três vezes. O ponteiro indicativo da temperatura, no entanto, marcava o mínimo. Mesmo tendo certeza de o carro estava frio, parei para averiguar. Tudo em ordem. Então, em estado de alerta, seguimos para Ubajara sem mais problemas


IGREJA MATRIZ

Cidade linda, gostosa e ainda um tanto calma, Ubajara nos agradou bastante. Após uma rodada rápida, seguimos para a estação do teleférico. A estação é bem conservada e cuidada, assim como todo o parque. Os preços são justos: adultos, R$ 8,00; crianças, idosos e estudantes, R$ 4,00. O pessoal que opera o teleférico também é bastante atencioso e gentil. Eles foram nos passando várias informações sobre os bondinhos, que são dois, enquanto aguardávamos e embarque e durante o percurso.


SALA DE CONTROLE DA ESTAÇÃO DO TELEFÉRICO

EU NA ESTAÇÃO DO TELEFÉRICO DO PARQUE

O Parque Nacional de Ubajara foi criado com uma área de 563 hectares, em 30 de abril de 1929, e teve sua área ampliada para 6.288 hectares. A visita ao Parque é inteiramente gratuita, ou seja, ainda não existe um sistema de cobrança d eingresso, paga-se taxas pelos serviços prestados.

CABOS DO BONDINHO E ENTRADA DA GRUTA AO LONGE

Chegando na estação da gruta, fomos atendidos por um guia especializado. Inicialmente ele nos mostrou a estrutura da base da antiga estação, desativada em meados dos anos 80. Esta estação ficava situada entre duas pontas de serra altas e íngremes, e, justamente por esta localização, ela foi atingida nessa época por alguns blocos de pedra que rolaram do alto. Assim, engenheiros resolveram construir uma estação nova, mais ao alto, de modo que não houvesse mais risco de ser atingida acidentalmente de novo.

NO BONDINHO

Durante a visita o guia foi nos fornecendo detalhes sobre a gruta: descobertas, histórias antigas, sua formação geológica, salões, fauna, etc. Sobre os salões, denominação de espaços   mais amplos, temos o da Imagem, o da Rosa, o dos Retratos e o das Cortinas, por exemplo. A gruta é repleta de morcegos. Muitos morcegos. A certo momento o guia apaga as luzes para contemplarmos o silêncio e a escuridão, então nos damos conta de que onde estamos e como são as condições naturais daquele lugar.

SALÃO DOS RETRATOS

O CASAL DE TURISTAS MARAVILHADO COM AS BELAS FORMAS DO INTERIOR DA GRUTA

GORETTE E O "SAPO"

EU NO SALÃO DA ROSA

Ao sairmos do parque seguimos caminho a Ibiapina e São Benedito, esta cidade de grande movimento comercial.  

MERCADO DE SÃO BENEDITO

Na saída de São Benedito existe o Santuário de nossa Senhora de Fátima, uma grande construção que compreende capelas, auditórios, e grandes salões para eventos. Uma grande obra.

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Almoçamos em Inhuçu, distrito de São Benedito, distante sete quilômetros da sede do município, no Clube Pousada Inhuçu. Excelente almoço, aliás, além da tranquilidade e aconchego do lugar.

CPI: BOA COMIDA, ÓTIMO ATENDIMENTO, CONFORTO E TRANQUILIDADE

Na sequencia passamos por Guaraciaba do Norte e iniciamos a descida da serra rumo a Ipu, onde chegamos por volta das 16 horas com o Kadett falhando e luz alerta da temperatura ascendendo aleatoriamente. Lá embaixo fazia um calor enorme, contrastando com o conformo do clima da serra. Antes de procurarmos uma pousada fomos até a famosa Bica do Ipu, que fica praticamente dentro da cidade. O acesso é asfaltado e bastante íngreme, e na base da bica há um restaurante bar.

SOMENTE UM FIAPO D'ÁGUA
Da bica escorria um simplório filete de água que se dispersava na queda de cento e trinta metros de altura. Mesmo assim ainda se consegue tomar um banho de bica, pois a água que se dispersa à meia altura precipita-se sobre pedras que compõe uma bacia, formando uma pequena bica próxima ao solo. Depois do rápido banho como que para nos benzermos com aquelas águas, procuramos um local para o pernoite.

DEVIDO Á ESTIAGEM, PEQUENA BICA PARA BANHO

RESTAURANTE BAR AOS PÉS DA BICA

No jantar fomos comer um churrasco e tomar umas cervejas, claro. Demos um giro na cidade e ficamos encantados com sua igreja matriz e a antiga estação ferroviária, transformada em biblioteca pública. 
HOMENAGEM A IRACEMA

CASA DE CULTURA

IGREJA MATRIZ

ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA, HOJE BIBLIOTECA PÚBLICA

Ficaríamos dois dias em Ipu, imaginando passar boa parte do dia seguinte na bica, porém, com a bica fraquinha como estava, não valia a pena e, ainda à noite, resolvemos dar um giro na cidade na manhã seguinte e partir rumo aos Inhamuns. Semana que vem eu conto.


Pedro Altino Farias, em 05/06/2013
  

Um comentário:

  1. Pedro,
    Esta sua viagem de férias nos oferece oportunidade de conhecer cidades belezas do nosso Ceará.
    Aguardo a próxima narrativa.

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