Caro confrade Altino,
Li teu texto várias vezes, para analisar a profundidade da mensagem. Ao final, pude decodificar a linguagem lírica que utilizas na tua prosa poética, vazada em linguagem conotativa.
Especulas principalmente sobre a vida não biológica, portanto metafísica, exatamente o objeto do estudo que faço no meu livro Euthymia, de cunho denotativo, que está no nosso blog (http://www.academiacearense.blogspot.com/).
Então, é como se teu texto fosse a descrição, sentida e real, de uma tempestade, por quem a vivenciou diretamente, e o meu texto fosse a análise fria de um meteorologista, expondo os comos e os porquês do mesmo fenômeno natural.
Por outra, tua crônica seria a descrição, feita por um gourmet, rica e pormenorizada, de um prato gastronômico já produzido, com suas cores e sabores, e a minha análise fosse a formulação da receita, com seus ingredientes, quantidades, sua ordem e seu tempo de cocção, relatada pelo chefe de cozinha.
Dizes tu que a vida metafísica está centrada no trabalho, para alguns, para outros na profissão de fé, e, para terceiros, na família. O meu estudo indica que todos esses fatores são essenciais ao ser feliz.
A família está no pé do afeto, e sobre este está a perna da “transcendência”, na estrutura do nosso corpo metafísico. A religião é a transcendência, assim como para outros a transcendência é o partido político, e ainda, para outros, seria a paixão futebolística.
E o trabalho? O trabalho está na outra perna, a perna do “engajamento”, que se firma sobre o pé da vocação. Claro que quem não é feliz no amor conjugal mais se apoiará na transcendência (religião, ideologia, futebol...), ou até na outra perna, trabalhando loucamente. Mas o fato é que falha em qualquer desses membros metafísicos enfraquece o corpo sutil do indivíduo como um todo, de modo a tornar mais pesada a maromba representada pelo estresse normal da vida, o que torna difícil ser feliz.
Não sei se me fiz entender.
Reginaldo Vasconcelos
Membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo - ACLJ
Membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo - ACLJ
Caro Altino,
ResponderExcluirParabéns a pelo seu texto e parabéns ao Reginaldo Vasconcelos pelo comentário tão acertivo sobre o mesmo.
A vida nos dispõe muitos motivos para filosofar e, com esta filosofia, fortalecemos cada vez mais o sentimento de preserva-la em todas as suas formas.
Luiz Pacheco
Oi Pedro,
ResponderExcluirTenho acompanhado seus textos e gosto muito de todos, para mim não é surpresa esse desvendar de seu coração. Parabéns por um ano de trabalhos da Academia, não estivemos presentes ao evento fisicamente, mas em vibração estivemos com você.
Beijos,
Jovita e Zezé Câmara