sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Dancing Day


Luzes, cores e formas num arranjo psicodélico.
Sons destoantes, distantes, próximos.
Corpos em revolução, odores, suores.
Vibração, euforia, gritos de guerra.


Uísque, vodka, doses de campari.
O ontem... Ah! Viagem de volta ao que se quer, ao que se gosta.
O dia seguinte... Dia o que?
O hoje... Dancing day!
Mais sons, mais luzes, a euforia continua!


Passaram-se horas... Está tarde (ou cedo?).
Não há mais revolução e as luzes parecem cansadas também.
Já se pode falar, ouvir, olhar.
Os suores, antes indomáveis, estão agora colados ao corpo,
Que está colado a outro.
Serenamente, ternamente, apaixonadamente.
Sussurros.
Sem que se perceba o dia seguinte já chegou...
Mas ainda é ontem.



Pedro Altino Farias, em 08/12/201

Um comentário:

  1. Prezado confrade e também poeta Altino,

    Ao ler o seu texto DANCING DAY, em três surpreendentes parágrafos, tive a agradabilíssima surpresa de descobrir que você também tem alma poética.

    Existe a poesia em verso, e há também a poesia em prosa - a chamada poesia horizontal. Esse seu texto, nada mais é que uma bela poesia horizontal. Cheia de vida, de alumbramento e de sonhos. O dom poético da Dona Concita parece estar pulsante em você.

    Espero encontrar no Opinião em Perspectiva, outras pérolas iguais a essa!

    Abraço,
    Paulo Ximenes, poeta

    ResponderExcluir