Essa um amigo me contou numa mesa de bar. Disse que o caso ocorrera com um amigo, mas tenho cá minhas dúvidas, acredito que ele mesmo pode ter sido o personagem central desta história.
O fato é que o cara chegou num bar para o happy hour da sexta acompanhado de sua esposa, que fora apenas deixá-lo. Como ainda não havia ninguém da turma, ela ficou um pouco a lhe fazer companhia. Nesse meio tempo uma mulher, passando pelo mesa do casal, cumprimentou-o. “Uma antiga colega de colégio”, explicou ele à esposa, que logo depois foi embora.
Passou da hora combinada e os amigos, nada! Sozinho, olha daqui, sorri dali; resolveu sentar-se à mesa da antiga colega. Drinks, lembranças do passado, prestações de contas com o presente. Cada um fez um rápido retrospecto de suas vidas desde aqueles tempos até a atualidade. Sem se notarem estavam a trocar carícias e... Eis que surge um beijo!
Ocorre que a mulher dele retornou ao bar por um motivo qualquer, e deparou-se com os dois bem na hora do ósculo, num tremendo azar da dupla de colegas. A esposa, enfurecida, perguntou quase aos gritos: “Fulano, você pode me explicar o que é isso?”. Nosso protagonista, um coroa boa praça, pacato, gentil, e muito espirituoso (além de azarado), levantou-se energicamente, ergueu a mão direita com o punho cerrado e bradou: “E viva a república!”.
“E viva a Republica!?”, quis saber eu a esta altura da narrativa, “Mas o que ele quis dizer com isso?”, perguntei, ingênuo. “E o que ele poderia dizer de melhor numa situação dessas?”, respondeu meu amigo candidamente. Depois, pensando sozinho, conclui: “É, faz sentido... Uma boa resposta... Talvez a melhor de todas!”
Altino Farias
altino.frs@gmail.com
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