terça-feira, 19 de maio de 2020

Manelzinho, O Garoto do Placar


 

Naqueles anos românticos, antes da automação eletrônica e do politicamente correto, era Manelzinho quem fazia a troca dos números de gols do Estádio Presidente Vargas durante os jogos nos anos 60, por isso ficou conhecido como “O Garoto do Placar”. Inimaginável hoje, não é mesmo?


Fora de campo, Manelzinho trabalhou no bar do Luis Picas, na Gentilândia, sucedendo a este na direção da casa, que passou a se chamar Bar do Ventura. O bar contava com um balcão de um lado a outro, com os frequentadores ocupando-o tanto por dentro, quanto por fora. Servia somente bebidas, e quem quisesse tira gosto que trouxesse de outro lugar.


Uma grande televisão na calçada, e outra na parte interna, garantiam futebol para todos. Na parte interna, uma insólita abreugrafia pendurada no teto fazia as vezes de defletor de luminosidade, impedindo que a lâmpada ocasionasse brilho na tela da TV (vejam última foto). Coisa de botequim.


  



Em março de 2016 Manelzinho optou pela aposentadoria e fechou o bar. Fim de uma era, de uma bela história. Mas ele continuou frequentando bares da Gentilândia na boa, curtindo as muitas amizades que fizera ao longo da vida com muita alegria.


Hoje Manelzinho não mais está entre nós. Foi chamado ao céu, onde encontrará os amigos que já foram, todos ansiosos pelas últimas notícias do nosso futebol. “E aí, Manelzinho, qual foi o placar?”.

Pedro Altino Farias, em 19/05/2020, ano da pandemia do coronavírus

Foto 01: Fachada do Bar (foto arquivo PBV),
Foto 02: Manelzinho na frente do bar (foto arquivo PBV),
Foto 03: O Garoto do Placar (foto arquivo PBV),
Foto 04: A calçada do Bar do Ventura (foto arquivo PBV),
Foto 05: Manelzinho com Luís Picas (desconheço autoria),
Fotos 06, 07 e 08: O balcão do Ventura (fotos André Bezerra),
Foto 09: O exclusivo defletor de luminosidade do Manelzinho (foto exclusiva PBV)
Foto 10: Homenagem dos amigos a Manelzinho no GB (foto Mara Amélia),


Um comentário:

  1. Dentre outras oportunidades, estive presente num dia chuvoso de carnaval. Foi a desorganização mais organizada que já vi até hoje.

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