Deus criou o mundo em
seis dias e no sétimo descansou. Cansado, tirou um breve cochilo. Quando
despertou, teve que tomar as primeiras providências sobre sua maior criação, o
homem, expulsando Adão e Eva do paraíso.
Um pequeno descuido e homem, de novo, precisou de um corretivo sério. E choveu por quarenta dias e quarenta noites. Um dilúvio que varreu a vida animal da Terra, exceto a dos animais que embaarcaram na Arca de Noé, ao qual foi passsada a missão de preservar a vida a animal e repovoar a Terra.
Mais um cochilo e as coisas ameaçavam novamente
sair do controle, obrigando-o a enviar seu próprio filho à Terra para consertar
o que os homens haviam bagunçado totalmente.
Outro cochilo, e a civilização evoluiu a ponto de levar o planeta à completa exaustão. Nessa época, as fontes energéticas estavam esgotadas, as megacidades produziam mais lixo do que conseguiam processar, uma enorme cratera na camada de ozônio expunha todos às radiações ultravioletas e ao aumento de temperatura, faltava comida. Nem os mais antigos sabiam contar como fora farto este planeta outrora. Nem os mais antigos...
Um pequeno descuido e homem, de novo, precisou de um corretivo sério. E choveu por quarenta dias e quarenta noites. Um dilúvio que varreu a vida animal da Terra, exceto a dos animais que embaarcaram na Arca de Noé, ao qual foi passsada a missão de preservar a vida a animal e repovoar a Terra.
Outro cochilo, e a civilização evoluiu a ponto de levar o planeta à completa exaustão. Nessa época, as fontes energéticas estavam esgotadas, as megacidades produziam mais lixo do que conseguiam processar, uma enorme cratera na camada de ozônio expunha todos às radiações ultravioletas e ao aumento de temperatura, faltava comida. Nem os mais antigos sabiam contar como fora farto este planeta outrora. Nem os mais antigos...
O esperado grande salto
da ciência, que redimiria a todos, viabilizando a sobrevivência do homem, não
aconteceu. Descobertas importantes aqui e acolá, um ou outro invento espetacular,
porém, nada que pudesse retroceder o processo de esgotamento de recursos naturais,
que caminhava a passos largos.
Ao acordar e deparar-se com este cenário apocalíptico, Deus resolveu radicalizar. O homem, com seu egoísmo e egocentrismo, sempre pensou que sua espécie somente poderia ser extinta por grande hecatombe, como a queda de um meteoro ou coisa parecida, que exterminaria, também, o próprio planeta e toda a vida nele contida. Ledo engano!
De um só sopro, Deus
esterilizou a todos com sua decepção e ira. Nenhum ser humano foi gerado desde
então. Assim, em muito pouco tempo seria consumado o fim da espécie humana na
Terra.
Os homens não entendiam
porque não mais conseguiam reproduzir-se. Então, todas as atenções e pesquisas da
ciência foram voltadas para a possibilidade de reverter essa situação, tentando
restabelecer a fertilidade. Apelou-se
até para os métodos tradicionais antigos, como o coito entre homem e mulher, deixando
tubos de ensaio e laboratórios de lado. De nada adiantou. Nada conseguiram.
Aos poucos, parecia que nosso planeta aumentava de dimensão. Os ruídos das cidades diminuíram, havia muitos imóveis desabitados, ar ficou mais respirável, a temperatura mais amena, enfim, a Terra se tornou um lugar bem mais agradável de se viver, pena que...
A indústria reduziu seu
ritmo progressivamente, escolas não abriram novas turmas, cidades inteiras
foram sendo abandonadas.
Quanto mais o tempo
avançava em sua linha inexorável, menos habitantes a Terra suportava. Pessoas
morriam naturalmente sem que crianças pavimentassem o futuro de daquela
civilização até que restaram somente um homem e uma mulher. Eram o reverso de
seus longínquos ancestrais, Adão e Eva: velhos, estéreis, vencidos, sem vida.
Passaram seus últimos
tempos numa solidão absoluta, impotentes, apenas olhando para o infinito vazio.
Por fim, aquele fiapo de vida se foi também. Era o fim do homem numa Terra
agora, apesar das ruínas, deslumbrante e abundante.
Algum
tempo depois, não se sabe ao certo quando, num lugar qualquer do planeta,
livres dos ruídos, da poluição, dos raios ultravioletas, das águas contaminadas
e de todo o mal, alguns ovos, hibernantes a milhões e milhões de anos, retomaram
seus processos de reprodução. Começaram a pulsar novamente. Então, uma casca foi
rompida, depois outra, depois outra. E surgiram uns dinossaurozinhos lindos...!
Pedro
Altino Farias, em 22/10/2013
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Oi Pedro,
ResponderExcluirLinda e oportuna reflexão...que Deus o abençoe.
Beijos.
Jovita