terça-feira, 28 de maio de 2013

O Ceará em Quinze Dias - 2º Trecho: Camocim a Viçosa



Ganhamos a estrada rumo a Viçosa com tempo bom do lado de fora e muito calor dentro do carro devido ao problema no ar condicionado, mas tudo bem. Havíamos cogitado de ir até Chaval, mas a estrada não nos animou, porque teríamos que rodar muitos quilômetros voltando pela mesma rodovia da ida, repetindo a paisagem que pretendíamos inéditas.

Passamos ao largo de Granja e continuamos a “descer”. Após contornar uma rotatória mal sinalizada, começamos a achar que estávamos “descendo” demais. De fato, ao perguntar a um morador local, ele nos indicou que deveríamos ter tomado a primeira saída do girador e não a segunda, como ocorreu. Assim, estávamos indo para Sobral. Uma rápida correção de rumo pôs o Kadett de proa para a Serra Grande.

Porém, logo depois que contornamos a rotatória o carro engasgou feio, retomando o funcionamento normal em seguida. Percebi que algo não ia bem, mas àquela altura não tinha alternava senão tentar chegar a Viçosa.

Na subida da serra, bastante íngreme por sinal, novos engasgos, mais suspense. Com jeito, tentando entender o carro, fui dosando o acelerador e contornando as situações, até que, enfim, chegamos ao destino por volta das 14:00 horas.

Interessante notar a mudança da paisagem do litoral para tipicamente serrana. E muitas outras ainda estavam por vir...

MUDANÇA DE PAISAGEM

Havíamos feito reserva no Hotel Municipal. Instalados, fomos almoçar no restaurante Mirante, que fica em cima de um morro, dentro da cidade. Duvidei que àquela hora da tarde pudéssemos comer algo de bom, mas o almoço surpreendeu positivamente. Estava excelente!

NO MIRANTE SURPRESA BOA - E GOSTOSA - À MESA

A CIDADE NOS DÁ BOAS VINDAS

Então, deixei a Gorette descansando no hotel e fui logo procurar uma oficina. De novo! O atendimento foi pronto e honesto. O técnico disse o que eu suspeitava: que o problema poderia ser bomba de combustível. Mas como o carro não apresentava nenhuma alteração em seu funcionamento naquele momento, ele desaconselhou uma troca precipitada da peça.

À Noite demos um giro na cidade e findamos por subir novamente o morro rumo ao Mirante. Devassa geladíssima, um friozinho gostoso, uma bela vista da cidade iluminada, bom atendimento, papo de montão e um certo cansaço, tudo junto e misturado, proporcionou-nos uma momentos agradáveis.

DEVASSA, PAPO, FRIOZINHO E VIÇOSA ILUMINADA AOS NOSSOS PÉS

No dia seguinte sai após o café retornando à oficina e quando solicitei a substituição da bomba de combustível e filtro. Ao ser retirado, o filtro estava completamente sujo, impedindo a alimentação correta de combustível para o sistema de injeção.

Problema resolvido, fomos conhecer Viçosa. Encontramos um jovem rapaz em um quiosque de informações turísticas. Logo o contratamos para um city tour orientado. É sempre bom prestigiar a estrutura turística local e principalmente as pessoas. Poderíamos ter realizado o roteiro sozinhos, mas, falando sério, foi bem mais eficiente, divertido e agradável na companhia do nosso jovem guia.

Nesse roteiro visitamos a Igreja Matriz, a Casa dos Licores, a Casa dos Doces, o Memorial de Clóvis Bevilágua, a Pedra Itagurussu, o Theatro Pedro II e a Igreja do Céu, que é o ponto mais alto da cidade (no mesmo local onde fica o restaurante), com 900 metros de altitude. No topo do morro existe uma capela dedicada a nossa Senhora das Vitórias. no alto do templo se acha a imagem do Cristo Redentor, construído pelo italiano Augustinho Odísio Balmés no ano de 1937. O local de acesso à igreja se faz por duas vias: uma escadaria que soma 334 degraus em cuja margem há as 15 estações da via sacra, representando o martírio de Jesus, e por uma estrada asfaltada às margens do cemitério municipal. No alto também há lojinhas de artesanato.

IGREJA MATRIZ


O proprietário e fundador da Casa dos Licores, Alfredo Miranda, é conhecido também por ser exímio tocador de pífano, porém, com idade avançada, o grande mestre não atua mais como músico.


CASA DOS LICORES: LICORES E MAIS LICORES
GORETTE EM COMPRAS NA CASA DOS LICORES


DEPOIS DOS LICORES, DOCES, NUMA CHÁCARA AFASTADA DA CIDADE
EU, GORETTE E NOSSO GUIA NO MEMORIAL CLÓVIS BEVILÁQUA
PEDRA ITAGURUSSU: UMA GRANDE LAJE DE PEDRA (VEJAM UMA MOTO À DIREITA)

FACHADA DO THEATRO PEDRO II

INTERIOR DO THEATRO PEDRO II

NO ALTO, IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS COM CRISTO REDENTOR AO ALTO

Um destaque desse centro comercial é a Cachaçaria de Dom Chiquinho I, um bem humorado filho de Viçosa que percorreu esse Brasil quando moço, e voltou à sua terra natal para contar suas histórias aos que ali aportam em busca de sossego, pinga saborosa e boa gente.

DOM CHIQUINHO I: BOA CACHAÇA, BOA PROSA

Ao final da tarde tomamos uma sopa numa padaria nova e muito elegante na Praça da Matriz. A padaria conta com todas as opções das boas casas de Fortaleza. Depois, subimos uma última vez ao Mirante para nos despedirmos, já com saudades, da bela e cativante Viçosa do Ceará,


                 
                  
 GORETTE E ALTINO SE DESPEDEM DE VIÇOSA NUMA CALMA E ENEVOADA TARDE DE MARÇO



Pedro Altino Farias, em 28/05/2013

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