quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nosso Grande Problema



A pedofilia é dos crimes mais repulsivos. Crianças indefesas sofrem horrores, na maioria das vezes molestadas por pessoas conhecidas, ficando profundamente marcadas para o resto de suas vidas. Quando essa violência parte de religiosos, o caso ganha dimensões diabólicas. Como uma criança pode ir contra alguém que se esconde atrás de uma batina com toda a força e credibilidade que esta indumentária confere?

Com relação a acontecimentos desta natureza, tem-se dito que pessoas com desvios de comportamento procuram a igreja como meio de estar próximos de quem desejam molestar. Faz sentido. O que não faz sentido é que, uma vez descobertos tais indivíduos, nenhuma providência se tome, permitindo que eles continuem a fazer vítimas por onde andam. Se tomasse as providências cabíveis de imediato, a igreja seria tão vítima quanto as crianças molestadas, mas, omitindo-se, torna-se, no mínimo, conivente com o criminoso.

Em nosso Brasil brasileiro tornou-se lugar comum político roubar e ter comportamentos absolutamente incompatíveis com as funções que exercem. Então faço um paralelo com o caso mencionado anteriormente: seriam ladrões que resolveram entrar na política para ficarem mais próximos da “galinha dos ovos de ouro”?

Do sofisticado esquema do “mensalão” à reles propinazinha de tostões, passando pelo tráfico de influência, utilização de informações privilegiadas em proveito de um grupo, superfaturamentos, ou impunidade criminal pura e simples, tudo estaria dentro do razoável se nossas instituições aplicassem as devidas punições de modo exemplar, no estrito cumprimento da lei. Agindo dessa forma elas demonstrariam que também são vítimas de malfeitores, e contariam com amplo apoio da sociedade para agir corrigindo erros. Mas, ao contrário, nosso Congresso, tribunais (todos), assembléias legislativas e câmaras de vereadores preferem tapar o sol com a peneira e dizer que está tudo em ordem, que se o “fulano de tal” agiu errado, de agora em diante ele vai se comportar bem. Ora bolas!

Coroando essa história de final infeliz (por enquanto), aparece-nos um vereador de Belo Horizonte, que está em seu quarto mandato, desfilando de cuecas em seu gabinete oficial e fazendo filminhos clandestinos de quem o visita. Imaginem quanta safadeza já deve ter acontecido nesse gabinete: suborno, propina, negociatas, coação, favorecimentos, chantagem, orgia sexual... E tudo filmado!

E nossas instituições? Onde estão para defender o interesse público, o bem estar social e fazer justiça?

EIS NOSSO GRANDE PROBLEMA: ELAS TAMBÉM ESTÃO DE CUECAS!!



Altino Farias
altino.frs@gmail.com

Um comentário:

  1. Conciso, objetivo e mtº oportuno o seu texto. Vc. foi exatamente no X do problema. Parabéns!!!

    Natércia Benevides

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