Neste espaço veiculo crônicas e textos diversos com idéias e opinões pessoais sobre os mais variados assuntos do cotidiano. É uma maneira simples, direta e eficiente de chegar ao internauta, e também de receber comentários sobre o que escrevo sob a perspectiva do leitor. Democraticamente. Espero sua participação em breve!!
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Soltem Seus Balões
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
Apocalipse Now
1ª) Até 21/12/12: Queimem seus estoques.
2ª) Depois do dia 21/12/12: Refaçam seus estoques.
Pedro Altino Farias, em 09/12/2012 (quase lá)
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012
O Mapa de Suco
Um descuido, copo
tombado, suco derramado sobre a toalha da mesa. A mancha que se formou tinha a forma
de um mapa de um lugar qualquer. De imediato veio-lhe à lembrança aulas de
geografia do ginásio, quando tinha que decorar informações de países e estados
brasileiros: área, população, densidade demográfica, atividade econômica.
O suco, espesso e de um amarelo denso, quase avermelhado, lembrou-lhe também épocas de férias, quando, ainda criança, passava temporada na casa de uma tia. Na hora do almoço, Lúcia, a empregada de anos, trazia uma jarra de suco de manga à mesa. Manga espada, tirada diretamente do pé, que ficava no quintal da grande casa.
Ela fazia o suco cedo e colocava-o numa jarra no congelador da geladeira. Ao servi-lo, pedaços congelados davam-lhe um sabor especial. Coisa de carinho, misturado com natureza e alimentação saudável, tão difíceis nos dias de hoje.
“Corre, corre, pega o pano de prato!”. Certo dia, naqueles tempos de menino, na casa da mesma tia, também tombou um copo de suco sem querer. “Desastrado!”, pensou de si mesmo naquele momento, sentindo-se cheio de culpa e vergonha pelo transtorno causado.
Voltando aos dias de hoje, olhou o suco em forma de mapa se espalhar até ser consumido pelo tecido da toalha, transformando-se num simples borrão. Depois, calmamente enxugou tudo, sentou novamente e apenas lamentou não haver mais uma gota sequer na jarra. Então, abriu uma cerveja e continuou pensando naquela outra época, na época das tias e tios, da inocência, época de mangueiras e quintais. E, qual criança, ficou imaginando como seria bom viver naquele lugar imaginário do mapa de suco.