terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Soltem Seus Balões


Em 2013, soltem seus balões!

Eu... Já estou voando!

Pedro altino Farias, em 25/12/2012


ATENÇÃO:
os textos deste blog estão protegidos pela lei nº 9.610 de 19/02/1998. Não copie, reproduza ou publique sem mencionar os devidos créditos. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

Apocalipse Now



A civilização maia deixou inestimável legado cultural e científico ao mundo. Excelentes astrônomos, possuíam dois calendários: um solar, de 365 dias; e outro para eventos e cerimônias religiosas, de 360 dias. 

Segundo informações colhidas em enciclopédias e livros, eles observavam ciclos, eras, e em 21 de dezembro próximo se encerraria o 13º b'ak'tun, fato interpretado por alguns como sendo o fim do mundo.

Bem, baseado nessa suspeita de fim dos tempos, tenho duas recomendações importantes a fazer:

1ª) Até 21/12/12: Queimem seus estoques.


Coloquem na diária aquele jogo de porcelana que vocês nem sabem ao certo onde está guardado. Se quebrar alguma peça, o que é que tem? 


Vinho. Hum! Tome o vinho que ganhou do amigo vindo da Europa e estava esperando um dia especial. Ele chegou, afinal, o fim da aventura humana na Terra é ou não uma ocasião ímpar?

Contas. Faça novas, não pague as antigas. Repito, queimem seus estoques, inclusive de crédito.

Uísque escocês: beba com os amigos, sempre ávidos por um bom 12 anos na mesa a preço camarada. 

Se tiverem alguma pendência amorosa a hora é essa, lembrem-se, queimem seus estoques e... Navios.

2ª) Depois do dia 21/12/12: Refaçam seus estoques.



Pedro Altino Farias, em 09/12/2012 (quase lá)


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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Mapa de Suco




Um descuido, copo tombado, suco derramado sobre a toalha da mesa. A mancha que se formou lembrou-lhe o mapa de um lugar qualquer. De imediato veio-lhe à lembrança aulas de geografia do ginásio, quando tinha que decorar informações de países e estados brasileiros: área, população, densidade demográfica, atividade econômica.

O suco, espesso e de um amarelo denso, quase avermelhado, lembrou-lhe também épocas de férias, quando, ainda menino, passava temporada na casa de uma tia. Na hora do almoço, Lúcia, a empregada de anos, trazia uma jarra de suco de manga à mesa. Manga espada, tirada diretamente do pé, que ficava no quintal da grande casa.

Ela fazia o suco cedo e colocava-o numa jarra no congelador da geladeira. Ao servi-lo, pedaços congelados davam-lhe um sabor especial. Coisa de carinho, misturado com natureza e alimentação saudável, tão difíceis nos dias de hoje.

“Corre, corre, pega o pano de prato!”, lembrou-se de tempos atrás, na casa da mesma tia, quando também tombou um copo sem querer. “Desastrado!”, pensou de si mesmo naquele momento, sentindo-se cheio de culpa pelo transtorno causado.

Hoje, em recanto, olhou o suco em forma de mapa se espalhar até ser consumido pela toalha, transformando-se num simples borrão. Depois, calmamente enxugou tudo, sentou novamente e apenas lamentou não haver mais uma gota sequer na jarra. Então, abriu uma cerveja e continuou pensando naquela outra época, na época da inocência, época de mangueiras e quintais. E, qual criança, ficou imaginando como seria bom viver naquele lugar imaginário do mapa de suco.

Pedro Altino Farias, em 03/12/2012

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