quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Ceará em Quinze Dias - 4º Trecho: Ipu a Tauá

Saímos na manhã do dia 08/03 de Ipu rumo à região dos Inhamuns. Passamos por dentro da cidade de Ipueiras e ao largo de Nova Russas e Crateús, que conhecemos de outros carnavais.                        

EU, O KADETT COM O CRISTO REDENTOR AO FUNDO
 
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE IPUEIRAS

O plano era almoçar um carneiro cozido em Tauá, na Pousada do Elias, e seguir para  Assaré, onde pernoitaríamos, mas o planos mudaram.

A paisagem agora era um verde meio morto, sem substância. Riachos secos, açudes idem, barreiros com o solo esturricado. Vez por outra, uma carcaça de animal na beira da estrada. Um verde sem água.

Depois de passar por novo Oriente a luz do Kadett voltou a incomodar. Agora, quando piscava, fazia o toca CD parar por um tempo e o carro perdia, momentaneamente, um pouco de potência. Desliguei o toca CD por precaução e fiquei de alerta.

O calor estava de matar e, sem música, prescindimos da companhia de Zé Ramalho, Raul Seixas, Milton Nascimento e o resto da turma.

Alguns quilômetros antes de Quiterianópolis a situação do carro piorou, com a luz alerta da temperatura acendendo a e apagando frequentemente. Tentei identificar qual situação fazia com que a luz acendesse: alta velocidade, baixa, retomadas, banguelas... Não consegui estabelecer nenhum parâmetro, então, pisei fundo!

Paramos num posto na entrada de Quiterianópolis, antecipando um abastecimento. A essa altura chegar a Tauá era só o que queríamos. Enquanto esperávamos o carro esfriar um pouco pedi ao frentista do posto o número de telefone de um reboque em Tauá para o caso de uma emergência. Logo na saída do posto, coincidência, deparamo-nos com o dito reboque. Conversei com o motorista e seguimos mais tranquilos até Tauá. Nesse trecho, porém, a maldita luz não acendeu uma vez sequer.

Chegamos a Tauá por volta das 12:30 horas e fui logo procurar uma oficina. Fui numa e noutra, todas sem o equipamento computadorizado ler a central do carro e identificar o problema. Fui noutra que o técnico havia ido almoçar, e fui em mais outra cujo dono disse que teria que sair, mas me atenderia quando retornasse por volta das 15:00 horas.

Fomos fazer um lanche. Muito ruim, por sinal. O tal dono da oficina chegou às 16:00 e praticamente me ignorou. Então, retornei à outra, a do cara que foi almoçar. Lá fui bem atendido, porém ele estava ocupado noutro veículo e combinamos de examinar o carro no dia seguinte, cedo.

Aproveitamos o final da tarde para um tour pela cidade.



Pernoitamos na pousado Bougainville, do Seu Elias. Ele é um sujeito bom e decidido nas coisas que faz. Com ele não tem core-coré. A pousada é boa e bem localizada. À noite ele serve uma canja para todos. Quem estiver na pousada, se quiser, come. Conversamos um pouco e lamentei estar com problemas no carro e não poder curtir melhor a estada na cidade.

POUSADA DO SEU ELIAS

No dia seguinte fui à oficina às 7:30, horário combinado. Olha daqui, examina dali, e o técnico trocou o sensor de temperatura. Saímos em seguida e, ao percorrer cerca de dez quilômetros de estrada  o problema da luz se manifestou novamente. Retornamos em busca de solução. 

EQUIPE DA LESTE AUTO PEÇAS: BOM ATENDIMENTO

Novamente fomos bem atendidos. O técnico andou conosco a bordo do Kadett por cerca de 40 quilômetros com o scaner plugado na central eletrônica do carro, lendo, instantaneamente, temperatura, consumo, rotações do motor, etc. Como não houve ocorrência do problema, as leituras do scaner foram todas normais. Retornamos a Tauá, deixamos o técnico na oficina com nossos agradecimentos e seguimos viagem.

Mais dez quilômetros rodados e mais uma vez a maldita e misteriosa luz acendeu. Tomamos a decisão de seguir em frente, eliminando o pernoite em Assaré e tendo Juazeiro do Norte como destino.

Pedro Altino Farias 

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