Neste espaço veiculo crônicas e textos diversos com idéias e opinões pessoais sobre os mais variados assuntos do cotidiano. É uma maneira simples, direta e eficiente de chegar ao internauta, e também de receber comentários sobre o que escrevo sob a perspectiva do leitor. Democraticamente. Espero sua participação em breve!!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
UM DIA EU MATO O TEMPO!
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
VOAR, simplesmente, VOAR!
Até que um dia, ele foi aonde não se podia enxergar;
Acima das nuvens, perto do Sol, numa liberdade sem par.
Estudou, e se esforçou para ser o melhor;
Não por vaidade, ou sentimento pior;
Mas por paixão de voar, seu objetivo maior,
E assim se passaram os anos, com nuvens e estrelas ao seu redor.
Homem feito, no ar continua criança;
E sempre que voa lhe acende uma esperança;
Pois, ao ver a Terra lá de cima, de guerras não tem nem lembrança;
E então imagina um mundo perfeito, onde todos vivam no amor e na bonança.
Pedro Altino Farias, em 23/10/2021, Dia do Aviador, segundo ano da pandemia do coronavírus
segunda-feira, 31 de maio de 2021
Sobre Rezas e Cachaças
Depois que cresci, bebi cachaça de janeiro a janeiro,
Mas o Papa disse que não tinha salvação,
Pois vivia de muito pouca oração.
Assustado, larguei a birita e me pus a rezar,
Procurando minha alma do outro lado salvar.
E assim passei o resto da minha vida,
Entediado, calado e com a espinhela caída.
Na Terra achavam que eu era a própria perdição,
E que não resistiria às seriguelas da nova estação.
Parti dessa para outra em um momento inesperado,
Não fui poupado por mais que tivesse rezado.
Chegando ao céu, encontrei meus amigos papudins,
Todos felizes, bêbados, bem bunitins,
Exclamei: mas esse lugar é só pra quem tem muito rezado!
E eles responderam:
Altino Farias, em 30/05/2021, segundo ano da pandemia do coronavírus.
domingo, 14 de março de 2021
EU E MEUS 60 ANOS
Eis que, num piscar de olhos, cá estou, com sessentanos! Um idoso! Quando completei quatro décadas, pensei numa festa de comemora-ção, mas resolvi deixar para depois, afinal, a vida começa aos qua-renta, não é mesmo?
Altino Farias, 12 de março de 2021, segundo ano da pandemia dos coronavírus
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
SIMBOLISMOS
- Cabelos
brancos e rugas: marcas do que vivi nos meus sessenta ainda incompletos.
- Barba
por fazer: sem compromissos, sem preocupação com aparência, sem satisfações a
dar.
- Camisa branca: paz, luz, clareza,
serenidade.
- Aliança: na mão esquerda, uma
aliança, que lá está há 38 anos. A original, fininha e de ouro, foi-me
subtraída num assalto a algum tempo, sendo substituída por outra de inox. O que
importa o material diante de tanto tempo de cumplicidade, amizade e amor, que
teve como frutos dois filhos maravilhosos?
- Anel de formatura: na mão
direita, meu anel de formatura em engenharia civil. Ele pertenceu ao meu pai,
arquiteto Armando Farias, falecido em 1974, e essa é uma maneira de tê-lo
comigo em momentos intimistas e especiais.
- Copo de cachaça: além de considerar
a cachaça um patrimônio da cultura nacional, para mim ela é, quando consumida
corretamente, um catalizador de coisas boas, uma espécie de cachimbo da paz. Em
volta da cachaça surgem boas amizades, ideias fantásticas, poemas, melodias, momentos
únicos.
- Calça jeans desbotada pelo uso:
aqui fica uma referência, e reverência, aos anos 60 e 70 e tudo que eles
significaram em termos sociais e culturais para os jovens de então. Foram duas
décadas que mudaram o mundo, e eles ainda são muito presentes para mim. Difícil
suportar todas as limitações, restrições e medos que os dias atuais nos impõe
tendo vivido aquela época de ouro.
- Pés descalços: simplicidade, ligação
direta com a mãe Terra. Se eu estou descalço, e você também, estamos ligados de
alguma forma através dela.
Finalizando, desejo felicidades,
saúde e sucesso a todos em 2021, que já despontou com imensos desafios a serem
vencidos.
Pedro Altino Farias, em 07/01/2021, segundo ano da pandemia do coronavírus