quarta-feira, 16 de novembro de 2016

No Mundo da Lua


Ah, o mundo da Lua... 

Lá não há o que temer. Como não existe oceano, também não tem lulas; e tucanos, nem pensar! Como os selenitas são um povo bem mais desenvolvido que nós, terráqueos, nada de polícia por lá. Nem federal, nem estadual e nem tampouco municipal. Ninguém privado de sua liberdade, imaginem!

Impostos? Hahahahaha! Já passaram por esta há milênios...!

Ocorre que esta semana houve verdadeira invasão de seus domínios. Pelo menos de privacidade. Anunciada com a maior Lua de não sei quantos anos, a humanidade se pôs a observá-la daqui pra lá. E o que viram? Ah, ficou por conta da poesia e imaginário de cada um. Ou da vontade de postar uma boa foto no Facebook. 

Se um fiapo de luz, ou amarela, redonda e bela, a magia é a mesma, o que muda é o observador, a Lua de cada um. Se você não vive no mundo da Lua, de nada adianta observá-la.

Se sintonizado com a Lua, seus habitantes captam sua energia e a devolvem mais forte, mais presente, mais vibrante, acredite. 

Assim, em dias de nuvens, procure-a, dê-lhe um “boa noite” logo que consiga entrevê-la. Admire a nova, esse é o momento em que ela mais precisa de você. Crescente, acredite em sua promessa de ser grande. Cheia, momento de reflexão. Minguante, agradeça-lhe por todo o sentimento que fez brotar em você. E assim deveriam ser todos os dias.

Ah, infeliz de quem não vive no mundo da Lua...

Pedro Altino Farias, em 14/11/2106

ATENÇÃO:
os textos deste blog estão protegidos pela lei nº 9.610 de 19/02/1998. Não copie, reproduza ou publique sem mencionar os devidos créditos. 

Não Precisa Ser Super


Nova, um fiapo de vida;
Crescente, uma promessa;
Cheia, tão óbvia quanto bela;
Minguante, missão cumprida.

Ao despontar, um sorriso;
Encoberta, um mistério;
Ao se por, uma lágrima.
Lua: sempre deslumbrante, sempre poema.

Pedro Altino Farias, em 14/11/16


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