terça-feira, 23 de julho de 2013

O Ceará em Quinze Dias - 9º Trecho: Canoa Quebrada a Fortaleza

Saímos de Canoa Quebrada na manhã do dia 18/03, uma segunda feira, véspera de São José, padroeiro do Ceará, debaixo de um céu nublado. 

Passamos em Aracati para rever a cidade depois de longo período. Chuviscava. Fizemos, então, um rápido city tour: igreja matriz, Aracati Clube, Mercado Municipal, casario antigo e seus azulejos.

IGREJA MATRIZ

FACHADA DO ARACATI CLUBE - ABANDONO

INTERIOR DO ARACATI CLUBE

MERCADO MUNICIPAL
TEATRO



Logo que saímos de Aracati, ao pegarmos a CE-040 paramos num centro de artesanato à beira da estrada. Nas lojinhas, artigos de palha, rendas, esculturas em madeira. Gorette aproveitou para suas últimas compras, e voltamos para a estrada.

ÚLTIMAS COMPRAS


Inicialmente havíamos planejado pernoitar em Fortim, mas antes mesmo de iniciar a viagem resolvemos  fazê-lo em Canoa por achá-la mais envolvente e movimentada, inclusive reservamos pousada antecipadamente. Uma decisão acertada. Na volta, pensamos em apenas entrar até o Fortim, mas sendo uma segunda feira, e chuvosa, resolvemos abortar o plano, imaginando não haver nada de interessante por lá naquele momento. Além disso, a vontade de chegar em casa também era grande.

Viemos na calma, e chegamos a Fortaleza no início da tarde, a tempo de almoçar bem e descarregar o Kadett, que marcava 94.201 quilômetros no odômetro, contra os  91.745 da saída, perfazendo 2.456 quilômetros rodados em terras genuinamente alencarinas em quinze dias.

91.745 Km NO INÍCIO DA JORNADA

2.456 KM  RODADOS AO FINAL DE QUINZE DIAS DE CEARÁ


Tudo em paz, roteiro 100% cumprido, revimos filhos e família, dormimos uma boa noite de sono.

O MOMENTO DA CHEGADA

Na terça, feriado de São José, fomos ao Flórida Bar, local da partida oficial para finalizar o programação. Lá estavam os amigos Robson, Júlio Augusto, Beto Vasconcelos, Attila e Ediane, além de Ermínio, dono da casa, para umas geladas e registro fotográfico. Fim de jornada.

FECHAMENTO COM CHAVE DE OURO

Impressões de Viagem


As  Estradas:

Surpreendentemente boas. Até a estrada para Barbalha e Caldas está boa.Trecho ruim de fato somente de Nova Olinda a Juazeiro do Norte. Seus muitos remendos – nenhum buraco – faziam o carro pular e oscilar constantemente. Quase não havia um metro quadrado que fosse sem estar remendado. A favor, obra de restauração total da estrada em execução em ritmo acelerado.

Outro trecho ruim é o de Juazeiro do Norte a Caririaçu, na Rodovia Padre Cícero, mesmo assim não oferece riscos, e ainda permite um tráfego sem maiores problemas.

Uma deficiência notada é com relação a sinalização horizontal e vertical. Além da ausência em muitos trechos da simples demarcação de faixas e outras marcações no asfalto, falta informação de localidades, distâncias a percorrer, indicações de direção. Poderia ser bem melhor. 


Policiamento:

Totalmente inexistente nas estradas, ineficiente nas cidades. Vimos um guarda municipal em Camocim multando por estacionamento proibido, quando ao lado uma D20 cabine dupla completava sua lotação, com pessoas superlotando seu interior e carroceria. Um mini pau de arara.

D20 COM PASSAGEIROS NA CAÇAMBA EM CAMOCIM

Nas estradas, nada de policia. O cidadão que viaja não deseja ser importunado com paradas e mais paradas para fiscalização. Ele deseja apenas sentir a presença da polícia para viajar tranquilo. Saber que pode contar com um socorro rápido em cada quilômetro percorrido. Sentimos essa falta de segurança na pele com a pane no sistema elétrico do Kadett. Se houvesse uma emergência, teríamos que contar com Deus e com a própria sorte. Em todo o percurso não fomos parados uma única vez, e só muito raramente avistamos postos policiais, que pareciam abandonados, diga-se. Um descaso com o cidadão que viaja.


Conectividade:

O povo simples do interior continua hospitaleiro e comunicativo, porém, a conectividade com o mundo nos impressionou. As pessoas que trabalham sob o sol estão protegendo a pele das agressões dos raios ultra violetas, com acessórios cobrindo-lhes os braços, rosto e região do pescoço. Difícil ver alguém “rachando” a pele ao sol.

Falar de internet, então... Em todo lugar há conexão WI-FI. Ao chegar na mais simples das pousadas, recebemos logo instruções de como acessar a net. Na oficina em Tauá, durante o conserto do carro, fui chamado ao balcão. Fiquei desconfiado e, chegando lá, o dono da loja virou o visor do PC para mim, exibindo a página inicial do Pelos Bares da Vida (o carro estava identificado com o endereço do site), abrindo a possibilidade de ampliar nosso relacionamento.


PESSOAL DA LOJA DE PEÇAS EM TAUÁ LIGADOS NO PBV 

Na pousada Bougainville, também em Tauá, enquanto Seu Elias negociava um contrato ao celular, Dona Goreti, esposa dele, “passeava” pelo Facebook.

Em Nova Olinda, Seu Espedito disse: “O pessoal faz tudo antes pela internet. Aí eles descem em Juazeiro do Norte (de avião) e vêm direto para cá numa van”. Em Nova Jaguaribara fomos a uma pizzaria de instalações modestas. Ao olhar ao redor pude perceber câmeras de um circuito interno de TV. Presenteamos a garota que nos atendeu com copinhos e porta cerveja do PBV. Ela logo sacou seu celular do bolso acessou o site, achando-o muito “massa”.

ACESSO AO PBV PELO CELULAR EM NOVA JAGUARIBARA

Esses são alguns entre tantos exemplos que pudemos ter dessa verdadeira revolução da informação. O mundo está em constante evolução, disso nós sabemos, tanto que em breve talvez não o reconheçamos mais, não duvidem disso.


Mobilidade:

Se a conectividade vem revolucionando os costumes a partir da informação, as motocicletas estão promovendo outra revolução: a da mobilidade. Rapazes, moças, garotos, senhoras, idosos, todos pilotam motocicletas, num vai e vem sem fim. Burro, carroça, bicileta não gozam mais do mesmo prestígio de outrora. O negócio é motocicleta! Com ela se tange o gado, leva-se o menino ao médico, compra-se material de construção, carregam-se bichos na garupa, curtem-se horas de lazer.

MOTOS ESTACIONADAS NO CENTRO DO CRATO: FALTA A EDUCAÇÃO DO EUROPEU


Calma e sossego numa cidadezinha do interior? Esqueçam, porque essas motocicletas nervosas cortam avenidas, ruas, travessas, pontes. Elas tomaram conta de tudo. Se o tempo naquele recanto perdido dos Inhamuns parecia não passar, hoje em dia faltam horas a todos. Todos têm que ir a algum lugar, todos vêm de algum lugar. Todos têm algo urgente a resolver. Ruidosamente. Seja por conta do barulho do motor acelerado, seja o som incessante das buzinas estridentes. Novos tempos. Bem melhores que d’antes, pois as pessoas têm uma melhor condição de vida, mas falta a educação dos europeus ao nosso povo, que trafega sem condições de segurança, abusando da sorte e da paciência alheia. 

É, aqueles velhos tempos de cidadezinhas calmas e tranquilas, sem pressa e sem correria já estão ficando na saudade...


Carros:

Gosto de carros antigos, notadamente os nacionais dos anos 70 e 80, e não vou mentir: viajei com um olho nas estrada e outro “caçando” raridades. Decepção! Não há mais carros velhos bem conservados, os considerados antigos, pelo interior. Muito carro atual rodando por aí. Novos e semi novos. Pensei que iria me deparar com uma profusão de Chevettes, Brasílias, Corcéis, Opalas, Fuscas... Nada, e o que tem é sucata. 

Não sou especialista, mas acredito que dois fatores combinados provocaram esse fenômeno. Primeiro, com a estabilização da moeda, houve uma evolução do mercado de carros antigos em todo o Brasil, estabelecendo valores, o que é caro e o que é barato. Essa nova situação provocou o interesse nos apaixonados por antigos, que passaram a se abastecer desse nicho fornecedor de bons exemplares. Assim o “carro velho” ganhou o status de “antigo”. Qualquer um que acesse sites especializados na internet (olhem a conectividade aí novamente) pode facilmente estabelecer preço para seu carro antigo. 

Por outro lado, a facilidade de financiamentos para carros novos encheram os olhos de vontade do brasileiro. Com o homem do interior se deu o mesmo e, talvez, a combinação da valorização de seu carrinho velho e a facilidade de aquisição do novo, fez com que os antigos disponíveis migrassem para as grandes cidades. Será? Essa é só uma teoria para explicar minha grande decepção.


Turismo

Nossa experiência foi de um extremo a outro. Em alguns lugares tivemos uma ótima recepção, com muita informação e pessoal preparado. Noutros, a hospitalidade do cearense se fez presente, porém, desprovida de quaisquer informações turísticas úteis. Um pena. Todo o povo deveria conhecer sua cidade, sua história, suas particularidades.

Em Viçosa contamos com o auxílio oficial de um jovem guia, Eduardo, salvo engano. Ele dividiu conosco seus conhecimentos sobre a cidade, poupou-nos tempo e elevou a qualidade dos nossos passeios. 

COM NOSSO GUIA NO MEMORIAL CLÓVIS BEVILÁQUA, EM VIÇOSA

EU, NUM BURACO DESCOBERTO NA IGREJA MATRIZ POR ONDE FUGIAM ESCRAVOS.
VALOR DO GUIA TURÍSTICO


Em Ubajara, na visita à gruta, a atuação do guia, mas que importante, foi necessária. Além dele, o operador do bondinho também foi bastante solícito, mostrando-se preparado para receber turistas de qualquer origem.

  
          GORETTE COM O GUIA WESLEY NA GRUTA E COM RICARDO, O OPERADOR  DO BONDINHO


NOSSA GUIA NO MUSEU DE PALEONTOLOGIA, EM SANTANA DO CARIRI



Nas demais localidades visitadas, contamos com a colaboração de todos, a boa informação de alguns e nossa própria vontade de conhecer um pouco mais do nosso Ceará. 


Epílogo

"É muita coragem!", comentário que ouvimos algumas vezes ao comentarmos nossos planos de viagem de férias para 2013. Coragem por viajar num Kadett 1996 por tantos quilômetros; coragem por rodar num Ceará em plena seca, sem os encantos de uma Campos do Jordão, por exemplo; coragem por viajarmos sozinhos, sem ninguém a quem recorrer no caso de uma emergência; coragem por viajarmos por "longos quinze dias" somente marido e mulher...

Saímos pelo litoral norte até Camocim, conhecemos a história de Granja, subimos a Ibiapaba, entramos na Gruta de Ubajara, banhamo-nos nos ralos e sofridos fios de água na Bica do Ipú, fomos até os Inhamuns, visitamos - e reverenciamos - Patativa, conversamos com Seu Expedito Seleiro, "o maior fazedor de selas do mundo", vimos dinossauros e enormes peixes que viveram no Cariri um pouco antes do homem, tomamos a benção a Padre Cícero, curtimos a calma de Barbalha e Caririaçu, as águas medicinais de Caldas, o charme do Crato e suas serras, a antiguidade de Icó, as águas "poucas" do Orós e o marzão que é o Castanhão. Voltamos a ter com o mar na encantadora Canoa Quebrada, rememoramos outros tempos em Aracati.   

Paisagens variadas, gentes diferentes, calor, frio, comida de restaurante ou simples, tirada direto da panela. Cachaça da boa, cerveja gelada, apreensão, suspense, descontração, prédios históricos, histórias, personalidades de outrora e de hoje. Azulejos, olhos maravilhados, recompensas, conversas, risos, tempo para planejar o futuro, retorno ao lar.

Acreditem, voltamos dessa pequena mostra do que é nosso Estado mais marido e mulher que antes, mais cearenses que antes, mais gente que antes, mais corajosos que antes. 

Nosso obrigado aos que viajaram conosco pela Terra da Luz lendo minhas postagens aqui, no Opinião em Perspectiva. Uma pequena aventura que jamais será esquecida.  


Pedro Altino Farias, em 22/07/2013 

PS. O problema com o Kadett era com um regulador de voltagem, que fazia com que o alternador enviasse uma voltagem diferente do especificado ao sistema elétrico, que dava seu alerta sempre que isso ocorria. Nada de mais. 


terça-feira, 16 de julho de 2013

O Ceará em Quinze Dias - 8º Trecho - Nova Jaguaribara a Canoa Quebrada

Depois de um bom café e uma última volta pela cidade e barragem do Castanhão, pegamos novamente a estrada, desta vez com destino a Canoa Quebrada, na manhã do dia 15/03, uma sexta feira.

O casal Júlio Augusto e Helena combinou de passar o fim de semana conosco em Canoa, e reservou apartamento na mesma pousada.

A viagem foi boa, sem sobressaltos. Tínhamos intenção de passar em Jaguaruana, terra das redes, para comprar algumas. Mas eu tinha uma razão particular...

É que, quando chegou a hora de alistar-me no exército para o serviço militar obrigatório, vi-me apavorado, pois não gostava (e nem gosto) de nada do estilo militar. Naquela época era difícil uma dispensa, e eu não tinha a quem recorrer. Diziam que quem não se alistasse, ou se apresentasse depois, era preso como desertor. Morria de medo, mas mesmo assim não tinha a menor intenção de servir ao exército. Foi então que um vizinho amigo meu, Márcio, deu a ideia de eu me alistar em Jaguaruana, pois a dispensa seria automática, já que no município não havia quartel onde servir. O pai dele era fazendeiro e comerciante na cidade na cidade, e tinha muitos contatos, daí...

Na base da doidice e última chance, fui a Jaguaruana com meu amigo, por nossa conta e risco. Saímos de Fortaleza de ônibus numa sexta à tarde para aproveitarmos o fim de semana lá. Chegamos à tardinha, e fomos direto para um bar que ficava na esquina da praça onde se localiza a prefeitura. A casa do avô dele, onde ficaríamos hospedados, era bem em frente ao botequim.

PRÉDIO ONDE ERA O BOTEQUIM É UMA FARMÁCIA ATUALMENTE

PRÉDIO BEM NA AVENIDA, EM FRENTE À FARMÁCIA: FOI AQUI QUE ME HOSPEDEI ,
À ÉPOCA UMA CASA ANTIGA

Tomamos todas ao som do mais recente lançamento do Roberto Carlos, que tocava sem parar na radiola. Lá pelas sete da noite lembramos do tal alistamento. Entrei em pânico! Deixamos nossas mochilas na casa do avô de Márcio, e fomos à casa de um funcionário da prefeitura de nome João da Paz. O homem nos atendeu com muita cortesia, caminhou conosco até a prefeitura, que ficava a cerca de uns trezentos ou quatrocentos metros, e abriu uma porta lateral do prédio. Lá dentro, formulários para assinar, digitais, retrato 3 x 4 e... Pronto, estava alistado e dispensado. Nem preciso contar como foi o fim de semana desses dois jovens marmanjos de cerca de dezessete anos...

PRÉDIO DA PREFEITURA COM PRAÇA DEFRONTE
(A ENTRADINHA PARA ALISTAMENTO ERA NA LATERAL DIREITA)

PROMOTORAS DE UMA OPERADORA DE TELEFONIA TRABALHANDO NA PRAÇA
Lembranças à parte, tínhamos duas opções de estrada para chegar a Canoa: voltar até  Boqueirão do Cesário e pegar a BR-304 até Aracati, neste caso perdendo a oportunidade de visitar Jaguaruana; ou seguir pela 263 estadual mantendo nosso propósito.

Na entrada de Russas nos informamos sobre as condições da estadual, e um comerciante, morador do lugar, garantiu o bom estado da rodovia, então, seguimos por ela.

Embora antiga, a estrada realmente estava em boas condições. Vencemos rapidamente a distância que nos separava da 116 à entrada de Itaiçaba, e seguimos em frente por cerca de mais dez quilômetros, chegando a Jaguaruana por volta das 12:30 horas. Tudo fechado, todos almoçando. Recebemos indicação de uma fábrica a visitar de um bebim que estava no mercado. Fomos orientados a irmos à casa do dono, que a mulher dele nos atenderia. Assim foi feito. A gentil senhora abriu a lojinha da fábrica para que olhássemos suas mercadorias. Estica daqui, espalha ali,  examina aquela outra; compramos o suficiente para lotar o carro de boas redes.

BEBIM NO MERCADO: BOA INDICAÇÃO LHE VALEU UMAS DOSES

Resolvemos almoçar mais tarde, já em Canoa, então, compras feitas, apontamos a proa do Kadett no rumo de Itaiçaba. Passamos ao largo da cidade, desembocando na BR-304, bem próximo ao Rio Jaguaribe. Estávamos ansiosos para ver o mar novamente.

Chegando à região de Aracati, relaxei, considerando-me em casa pela familiaridade que temos com o lugar. Mais um quilometro percorrido, pescoço esticado, vista ao longe em busca de uma réstia de mar, até que, enfim, avistamos novamente um pedaço dos nossos verdes mares. Faltava pouco.

Em Canoa achamos facilmente a pousada onde tínhamos reserva. Muito bem localizada e estruturada, agradecemos a dica do amigo Checo. Depois de acomodados, saímos para almoçar e dar um giro pela vila, relembrando outros tempos...

Mais tarde, já noite, Júlio e Helena chegaram, acomodando-se num apartamento ao lado do nosso. Um passeio pela Broadway, cervejas, histórias, boa comida. 

GORETTE NA BROADWAY

Quando menos esperamos encontramos os amigos Juarez&Cláudia, uma satisfação para todos. Juarez estava em Aracati a trabalho e, sabendo do nosso roteiro, resolveu arriscar encontrar-nos em Canoa. Deu certo! Resultado: o jantar foi ótimo!

JÚLIO AUGUSTO, JUAREZ, EU, GORETTE, CLÁUDIA E HELENA
Juarez e Cláudia partiram no sábado logo cedo. Nós fomos à praia com Júlio e Helena após o café. Muita cerveja e tira gosto. Compramos como souvenir as tradicionais garrafinhas com desenhos em areia colorida personalizadas na hora. Passeamos pela praia, brincamos com o pessoal do lugar, saboreamos variados tira gostos (nem quisemos almoçar depois). Foi um bom dia.


EU E GORETTE NO ÍCONE DE CANOA

ARTISTA LOCAL FAZENDO DESENHOS COM AREIA COLORIDA

VISTA DA FALÉSIA PELA PRAIA  

À noite, mais uma passeio na Broadway, mais cerveja, muito papo e um bom bacalhau no jantar. Depois, que dormida gostosa!

PORTAL DE ENTRADA DA BROADWAY

Júlio e Helena retornaram no domingo pela manhã. Ficamos. Mais praia, mais cerveja, uma dormidinha à tarde, um breve jantar, e estávamos de volta à pousada para descansar e arrumar as bagagens, pela última vez naqueles dias de férias.

O PINK ATACOU DE COM FORÇA NA PRAIA

CASINHA DE OUTROS TEMPOS PRESERVADA: SAUDADES...

LUA NOVA EM CANOA: TUDO A VER


Segunda de manhã, 18/03, estávamos novamente na estrada para cumprir nosso último trecho, retornando a Fortaleza, mas essa parte fica para a próxima...









Pedro Altino Farias, em 16/07/2013

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Ceará em Quinze Dias - 7º Trecho: Juazeiro do Norte a Nova Jaguaribara

Saímos de Juazeiro do Norte rumo a Nova Jaguaribara dia 15/03, uma quinta feira, pela manhã. O plano era pernoitar em Nova Jaguaribara, com visita ao Icó, Orós e Castanhão. E assim foi feito.

Seguimos pela Rodovia Padre Cícero, que passa por Caririaçu e segue direto em direção ao norte. Chegamos a uma bifurcação com opção de passar em Lavras da Mangabeira ou seguir via Cedro. Contas feitas, prós e contras, optamos pelo caminho mais curto, via Cedro.

Bem mais adiante, outra bifurcação nos dava duas opções. Ou esticar até Icó e voltar pelo mesmo percurso para então seguir a Orós, ou virar à esquerda “pulando” a visita a Icó. A dúvida surgiu devido ao velho problema do Kadett: a luz alerta da temperatura que voltara a piscar nervosamente. Paramos o carro num posto, verifiquei água, ventoinha, óleo, etc. Tudo ok. Então, fomos a Icó.

PONTE NA ENTRADA DE ICÓ

Na entrada da cidade há uma imponente ponte com arcos em concreto. Ao chegarmos nos deparamos com uma agradável visão: a Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte. À frente da igreja, escadaria de tijolos; ao lado, o Cemitério Municipal. Passamos também pelo Mercado Municipal, pelo Teatro da Ribeira dos Icós, e demos um giro pela cidade. Mais detalhes sobre Icó no blog http://altinoafonso.blogspot.com.br .


IGREJA DO MONTE E CEMITÉRIO MUNICIPAL À DIREITA

GORETTE EM FRENTE À ENTRADA DO MERCADO MUNICIPAL
VISTA DA ÁREA INTERNA DO MERCADO 

TEATRO DA RIBEIRA DOS ICÓS (FOTO ALTINO AFONSO)

De volta à estrada, rapidamente chegamos ao ponto da bifurcação que leva a Orós. Dobramos à direita e logo passamos ao largo do açude Lima Campos. Mais um pouco e estávamos entrando no município de Orós. Além dar uma rápida passada na cidade, queríamos ir ao famoso açude, onde estive naquela mesma viagem que fiz com meus pais e irmãos até o Cariri nos anos 60.

BARRAGEM DO ORÓS

ACESSO À BARRAGEM
Ao chegarmos, a paisagem era árida. Subimos até a barragem e podemos ver que o nível da água estava bastante baixo. Uma pena. Mas a estátua de Juscelino continua lá, firme e forte. Naquela época, eu com uns seis anos, talvez menos, ela me parecia gigantesca. Hoje, parece que “Juscelino” encolheu vertiginosamente.

NÍVEL BAIXO
GORETTE E O ORÓS: GIGANTE MESMO COM POUCA ÁGUA 

EU E JUSCELINO
Visita feita, carro na estrada, pegamos um estirão até Nova Jaguaribara, apontando na BR116 via Jaguaribe. Chegamos à cidade no início da tarde. Entramos contornando a barragem, apreciando aquela majestosa obra de engenharia. Já na cidade, paramos no primeiro local possível para tomar uma cerveja. Ah, que cerveja! Jamais esquecerei!

BARRAGEM DO CASTANHÃO

A "VALVA" DO CASTANHÃO

Instalamo-nos na Pousada dos Maias e fomos almoçar no Restaurante Mirante, com visão para o açude. Tínhamos uma recomendação do amigo Régis Tavares para comer um estrogonofe de peixe, mas tivemos a informação que a cozinheira que preparava tal prato havia falecido. Contentamo-nos com um belo peixe cozido com pirão e fomos tirar uma soneca.

VISTA DO RESTAURANTE MIRANTE 

POUSADA "OS MAIAS"
À noite demos um giro pela cidade. Ruas amplas, praças idem, fomos a uma pizzaria, a mais recomendada. A casa tem bom movimento, e fomos muito bem atendidos. A massa estava ótima e a cerveja, gelada. Papos sobre as aventuras do dia, a expectativa de chegar a Canoa Quebrada, saudades de casa...

GARÇONETE DA PIZZARIA COM GORETTE E UM BRINDE DO PBV

Depois de uma boa noite de sono do café da manhã, saímos para  ver melhor o Castanhão, dar um giro pela cidade e pegar o rumo da BR-116 novamente, com destino a Canoa. 

Como sabem, a Igreja Matriz é a reprodução da antiga, com muitas peças de acabamento retiradas do prédio original. 

PRAÇA DA MATRIZ
  
ADMIRANDO O CASTANHÃO

ADMIRADO COM O CASTANHÃO

Semana que vem eu conto mais...


Pedro Altino Farias, em 09/07/2013